RSS

Arquivo da tag: ezine

Capítulo Quarto – A fuga para Floresta


CAPÍTULO QUATRO

A fuga para Floresta

Inconsciente, Luke esta com os braços e pernas atadas a uma mesa de operações, Fumaça começa a analisar o local e verificar como pode soltar ele. Os doutores estão no local então ele decide esperar até que eles saiam da sala para então agir.

Ele está preso em uma mesa de operações do laboratório dos Doutores Grays, ele sabe que algo de muito ruim vai acontecer. O Dr. Gray estava muito apreensivo e eles realizaram dezenas configurações em uma máquina de nêutrons conhecida como canhão de nêutrons utilizado para dizimar matéria orgânica.

No canto esquerdo da sala logo abaixo da escrivaninha do laboratório aparece o Fumaça. Luke pede que o ajude.

– Fumaça. – aqui garoto. – diz Luke, ainda com a vista embaçada e com a fala mole devido a medicação que o Dr. Gray injetou com a seringa.

– Fumaça desative as travas no painel. O que ele faz imediatamente.

– Fumaça como podemos sair daqui? – pergunta Luke, Fumaça responde com um pum e o conduz para fora da sala através de um duto de ar do laboratório.

Eles andam por este duto até a casa das máquinas e entram no esgoto que os levam para fora da casa desaguando em um lago a beira da mata.

Luke e Fumaça correm para a floresta ainda sem uma direção definida apenas se afastam ao máximo deste local, tudo o que Luke quer neste instante é sair dali.

Luke esta no meio da mata agora e não tem nenhum ponto de orientação o céu está completamente coberto pela copa das árvores e parece estar escurecendo, ele precisa rapidamente encontrar um abrigo para não ter que passar a noite em plena floresta.

Ele está cansado e com sede já se passaram horas que estão caminhando no meio da floresta, neste instante Fumaça o adverte com um pum bem sonoro.

– Qual o problema Fumaça. – pergunta Luke sem resposta, pois o Fumaça já havia se escondido em um buraco de topeira.

Luke observa ao seu redor e se vê cercado por tigres um deles está olhando diretamente para os olhos dele.

Enquanto isso outros dois se aproximam pelos flancos se esgueirando silenciosa e vagarosamente a ponto de darem o bote em conjunto e de uma só vez.

Luke escuta uma voz que lembra a sua mãe.

– Não tenha medo Luke você não está sozinho, nunca esteve. – fala a voz sorrateira ao vento da floresta.

– É você mamãe! Exclama Luke enquanto o inevitável esta próximo. Ele fecha os olhos por alguns segundos e quando os abre novamente encara seu algoz e em pensamento ele fala:

– Eu vejo você. – diz ele olhando através dos olhos e enxergando dentro da alma do grande tigre a sua frente.

O tigre arregala os olhos e com grande espanto enxerga a verdadeira aparência de Luke, ele vê um ser de luz alado de três metros de altura. Completamente espantado ele grita:

– PAREM.

Os outros tigres não entendem o que esta acontecendo, mas atendem a ordem interrompendo o ataque que seria fatal para Luke.

Neste instante o grande tigre surge na sua forma humana, os demais tigres também fazem o mesmo. Ele tem o cabelo escorrido e negro como à noite, seus olhos são escuros e seu rosto esta pintado com tinta preta alguns caracteres que não compreendo.

– Você precisa vir conosco. – diz ele, agora na sua forma humana. Você irá conhecer o grande mestre de nossa tribo ele vai lhe ajudar e sua jornada.

– Você é o escolhido e deve nos acompanhar.

Luke sabe que está em boas mãos, pois pode ver além da imagem do tigre, além da imagem do homem indígena a sua frente, enxergou a sua alma e viu honra e bondade.

Fumaça resolve aparecer a juntar-se a eles e todos partem para floresta adentro agora acompanhados por cinco indígenas que conhecem cada palmo da floresta.

Eles andam por alguns minutos quando então chegam tribo e são recepcionados pelos demais indígenas. Lá chegando vão até aonde esta o pajé, o grande líder dos índios.

O pajé esta envolto a uma grande multidão de jovens índios que dançam freneticamente em círculos proferindo o dialeto Maue e colocando sua mão dentro de uma bolsa de couro com plumagem de penas.

Acho tudo muito estranho mais percebo que cada índio jovem esta acompanhado de seu pai e este por sua vez esta feliz e cantando com os demais.

Não agüentando mais de curiosidade e pergunto ao índio que nos trouxe o significado para aquele ritual todo.

Ele responde que é o ritual de inicialização e que cada índio da aldeia tem que passá-lo para provar ser um homem adulto, na tribo dele este ritual acontece todo ano e no ano passado ele foi submetido a isto. Na bolsa couro são colocadas mil formigas da espécie tucandeira e cada índio tem que ficar com a bolsa em seu braço por quinze minutes até passá-la para outro que ficará com ela por mais outros quinze minutos.

Observo agora com mais atenção e menos apreensivo a tudo que esta acontecendo e percebo que alguns deles sentem muita dor e que até chegam a soltar lágrimas dos olhos, mas durante todo ritual não vi um índio sequer se recusar a colocar a bolsa de couro em seu braço.

Todos encaram com nobreza e honra este gesto de coragem dos jovens índios. A cerimônia acaba o pajé nos recebe em sua cabana. Sentado em frente uma fogueira quase apagada mais ainda exalando fumaça ele começa a falar:

– Há muitos anos atrás com a nossa tribo sendo desenvolvida pelo povo formiga que habita as profundezas da Terra, fomos educados de acordo com os seus costumes.

Neste período nosso grande mestre o Cabeça ensinou meus antepassados a respeito da profecia que irá se realizar nos dias de hoje.

Ele falava para nosso povo manter o elo com a natureza e com os animais, dizia que estamos todos conectados e fazemos parte da mesma coisa. A mãe natureza reina nossa tribo e respeitamos todos os ciclos do cultivo de raízes e da extração da borracha.

Estamos sempre em sincronia com a natureza e ela conosco dessa maneira nenhum índio terá que passar fome ou ficar sem um teto para dormir, temos tudo que precisamos e em troca apenas respeitamos o tempo da mãe natureza para a reposição de suas energias.

Somos os inventores da cultura do guaraná, domesticamos a trepadeira silvestre e criamos o processo de beneficiamento da planta, possibilitando que hoje o guaraná seja consumido em nossa aldeia.

– Luke interrompe o pajé para compreender qual é o seu papel nesta encarnação.

– Grande mestre. – Diz ele, não entendo qual o meu objetivo nesta jornada que faço com o meu amigo Fumaça, embora ele seja muito esperto ele é apenas um furão e não pode me ajudar.

– Você teria a resposta para esta questão?

Neste instante o pajé pega um punhado de terra e joga na brasa quase apagada da fogueira.

Uma fumaça ergue-se e forma uma estrutura parecida com um castelo no alto de uma montanha.

O pajé observa aquela formação e sabe qual o seu significado, então ele informa Luke:

– A resposta que procura esta no centro da Terra em um lugar onde vive o Rei do Mundo, ele o aguarda. Estou responsável em guiá-lo até o portal de entrada para o mundo subterrâneo, mas você terá encontrá-la sozinho.

O pajé determina que dois índios acompanhem Luke até as proximidades da caverna o levando em segurança até lá.

Luke se despede do pajé e da tribo, agradece sua ajuda e sai novamente floresta adentro em busca do portal para o centro da Terra.

O dois índios assumem a forma de tigres e vão à frente guiando Luke até um local afastado da tribo e longe de qualquer veio de água.

A caminhada se dá por mais quatro horas e Luke começa a ficar cansado, ele olha em volta e não consegue mais avistar os tigres que o estava guiando. Fumaça não agüentando mais caminhar para e deita no chão. Luke o pega e caminha por mais alguns minutos.

Após longa caminhada pela floresta ele avista uma caverna meio camuflada com a vegetação.

Se aproximado da caverna ele vislumbra sua entrada emaranhada com a vegetação parecendo não abrigar nenhum tipo de animal hostil e demonstrado ser muito longa.

A caverna esta incrustada na rocha e parece estar ali a mundo tempo antes mesmo da formação da floresta. Luke chega mais perto para olhar a caverna e vê um corredor enorme até onde a luz não pode alcançar.

O sol esta quase se pondo e começa a escurecer, Luke decide ficar por ali e passar a noite neste local. Com o silêncio e a calma da floresta Luke começa a deslumbrá-la.

Aqui tudo tem vida e a floresta esta em perfeita harmonia não há brigas nem competições tudo cresce e se relaciona sem esforço algum.

Ele começa a ouvir o ressoar de sapos que se parece com música para seus ouvidos, com o tempo, adormece até que então cai em sono profundo.

Luke neste momento esta dormido, tudo é novo para ele assim como ele é para a floresta. Sem medo ou culpa ele adormece em meio à Mata Amazônica e começa a sonhar com sua mãe.

– Luke – diz sua mãe.

– Luke, querido acorde preciso falar com você.

– Mamãe é você? – diz Luke sem entender o que esta acontecendo.

– Luke você terá que ser forte.

– Eu sou mamãe.

– Sim você é! – Luke, você está encarregado da tarefa de despertar a humanidade para um mau no qual a assombra deste de sua existência.

– Um mau tão grande que provocou o desperdício de milhares de anos de evolução.

– Lembre-se filho, o amor é a resposta.

Neste instante Luke tenta abraçar a sua mãe, mas ela começa a desaparecer e então ele desperta em seguida. E quando finalmente acorda espanta-se com a visão que tem diante da entrada da caverna.

Autor

JJ Sobrinho, was born in Paraná Umuarama. He currently works as a Business Consultant in the area of Information Technology.I love reading and writing about quantum physics and parallel universes. I write articles for newspapers and magazines. He graduated in Business Administration and holds a MBA in Computer Science. He has worked as Executive Director MyOffer Brazil Ltda Consultant and Manager of Information Technology at the Institute ISULPAR-Coastal Paraná Curitiba PR
Education:
Faculty Dr. José Correia Leocádio Bachelor of Business Administration
University of Paraná Tuiuti Bachelor of Computer Science

This biography was provided by the author or their representative.

Books by JJ Sobrinho (See all books)

 
Deixe um comentário

Publicado por em outubro 20, 2011 em Ebook

 

Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,