CAPÍTULO SETE
A Capital de Agharta – Shamballah
Andamos por uma estrada imensa de cascalho perfilado a uma plantação de girassóis imensamente grande ao nosso redor e nos deparamos com uma mariposa do tamanho de um carro, ela passa sobre nós e a sua sombra nos encobre completamente, foi como se o dia se tornasse noite.
Séréti me lembra que devemos tomar cuidado com os insetos de Agharta devido ao seu tamanho proporcional aos habitantes desta cidade. Fico imaginando qual o tamanho de um homem neste lugar já que apenas uma mariposa pareceu ser um grande automóvel para nós.
Saímos da estrada principal e pegamos um atalho para a capital Shamballah, Séréti avisa que pouparemos um dia de caminhada indo por este caminho o que não é pouco devido à imensidão de tudo que tem aqui.
É um caminho estreito e a relva encobre quase que todo o céu acima de nós, se é que posso chamar isso de céu, pois estamos no centro da Terra e até então não sabia que poderia ter um céu e um Sol dentro dela.
Começamos a escutar um zunido e a cada passo que o damos fica mais alto, a esta altura nada mais me surpreende, mas quando chegamos perto fico realmente muito surpreso. O zunido vem de uma mosca do tamanho de um carro pequeno e ela esta presa em uma teia de aranha gigantesca feita por uma aranha de igual proporção.
Séréti me avisa para sairmos dali depressa antes que a aranha aparece e queira variar o seu cardápio. Sem hesitar saio em retirada com Séréti, mas fico imaginado qual deveria ser o tamanho da aranha, deveria ser monstruosa.
Finalmente saímos do atalho e da relva densa e avistamos Shamballah capital de Agharta. Shamballah é uma cidade linda, localizada entre as montanhas que parecem riscar o céu azul como a cor do mar, suas nuvens fazem movimentos semelhantes ao oceano da Terra e formas as mais diversas figuras.
Séréti fala que o idioma local é o Vattan, o vataniano composto por um alfabeto de vinte e duas letras ao qual não faço a mínima ideia de como seja.
Pergunto para ele se ele sabe falar este idioma e com a cabeça ele acena que não, agora fico realmente assustado. Estamos no centro da Terra em uma cidade de gigantes a procura do Rei do Mundo e o idioma é incompreensível para nós.
Mas Séréti avisa que não falaremos com eles a não ser que eles queiram e ao fazer isso falaram em pensamento e o idioma será fluente para nós o que me deixa um pouco mais calmo.
Caminhamos por uma viela que vai até a capital da cidade, pode-se ver claramente que é um centro comercial de ambulantes que vendem um pouco de tudo.
A cidade esta bem agitada, e como na terra há artistas de circos, comediantes, flautistas, violinistas, todo o tipo de arte se manifesta aqui. Mas neste lugar não se usa o dinheiro, ele nem existe na verdade.
Para se conseguir um pêssego o vendedor pergunta a Séréti o que ele pode oferecer em troca.
Séréti coloca a mão em seu bolso com as esferas de luz e pega uma da cor de verde musgo e oferece ao comerciante.
Diz ele, com esta esfera você dobrará a sua produção de pêssegos utilizando o mesmo solo.
Séréti recebe o seu prêmio um pêssego de gosto magnífico. Leona explica que o Sol daqui é diferente ao da superfície e é opaco, excelente para a produção de alimentos além de não ser radioativo, aqui não é preciso usar filtro solar a energia do Sol também é absorvido como um alimento pela pele e através olhos.
Patrulhando a feira há um guarda que passa de um lado a outro da grande manifestação popular.
Leona a mais introvertida do grupo pergunta ale o caminho para a capital Shamballah, o homem agacha-se até a altura de Leona e aponta para uma rua secundaria que leva a um atalho até a cidade.
Um dos garotos grita. – Olha lá esta aquela orelhuda, todos começam a gritar. – Orelhuda, orelhuda, orelhuda…
Leona avista os garotos que a importunava, ela pega um pêssego e arremessa na cabeça de um deles, o pêssego espatifa-se em sua cabeça, os outros garotos dão risadas o garoto fica roxo de raiva e então os garotos saem em disparada para pegar a Leona.
Séréti a pega pelo braço e todos saem correndo em uma perseguição pela cidade.
Já alimentados e encantados com a cidade partimos para Shamballah, começo a admirar este povo e sua cultura.
Author |
|||
Books by JJ Sobrinho (See all books) |
Pesquisar todo o texto deste livro